Em cada olhar torto, em cada briga, em cada palavra grossa, é exatamente assim, a velha arte do observador, o velho erro do amante a mania de quem só busca a felicidade.
Concordarei, me arranjarei, as mudanças negativas não questionarei jamais, e no final vou pedir desculpas, mesmo que não seja em palavras, pedirei desculpas, não sobrará duvida se eu errei, terei certeza do meu erro, entenderei toda ou qualquer incompreensão que eu receber, e qualquer coisa boa que chegar manterei meu hábito de chegar em casa, olhar pra cima, apertar as mãos e dizer: Muito, mas muito obrigado mesmo, e em seguida um pulo energético. Meu amor é caótico aqui dentro, nunca me deu a razão, me enche de raiva, porque por mais que me enfeitice, ele ainda me permite enxergar, apesar de ser totalmente desnecessário enxergar, se no fim eu ficarei sem razão. Não quero ausência de pedidos, não quero ausência de cobranças, não quero ausência de defeitos, aliás, ausência é EXATAMENTE tudo o que eu não quero. Quero você, quero ele, ela, quero nós e nós, tendo isso de verdade, tudo vale a pena.
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