segunda-feira, 16 de julho de 2012

das coisas que vi.

Tem um tempo, que tenho observado e notado coisas.
Eu pensava como a camponesa, era capaz de se apaixonar pelo rapaz malandro, que acabara de chegar na cidade, sempre com ar descontente e vazio. Coisas que só acontecem no cinema, mas mesmo lá, o rapaz nem sempre se regenera.
Clarice, dizia muito de uma tal de epifânia, o que já era quase utópico pra mim, fazia tanto tempo até que, finalmente aconteceu.
O rapaz não será feliz na cidadezinha do interior, ele não é de todo mal, mas precisa do esplendor da cidade grande pra sobreviver, e é isso que ele deseja, sobreviver. A vida, aparentemente o rapaz nunca conheceu de fato, e nessa cidade ele vai continuar quebrando o telefone público, humilhando a camponesa e se aproveitando dela na surdina, assim sentirá uma faísca de vida.
A camponesa enquanto isso, não aprendeu a sentir o cheiro das flores, não notou a magia envolvida no primeiro botão da primavera, e cresceu sem coragem de buscar algo, que lhe agrade em qualquer outra parte do mundo.

Eles são diferentes, mas unidos seguem a mesma estrada, nela não existe a beleza do campo nem existe o agito da cidade, não existe um destino certo, e assim termina a história.
E viveram estagnados para sempre.