segunda-feira, 7 de junho de 2010

Me leve nas suas patas.

Creio que eu tenha sido eu mesmo e esteja sendo eu mesmo, tenho certeza disso. Mas que mudei é indiscutível, o que eu achava meio inexplicável hoje me pareci algo normal, não a criticaria mais, os padrões eu sempre achei super mutáveis, e a cada dia acho mais. Comumente quando saio da caverna, fico um bom tempo fora e volto a hibernar, e é a eles que abraço, cada peludo, penados ou escamadinho que tanto me encantou desde pequeno, me recordo bem do dia que enfim decidi não dedicar toda minha vida a eles, olhei na carinha de cada um, principalmente dele, fixei bem os olhos assim como eu fazia quando eu era pequeno e havia problemas aqui, eu só olhei, abracei e disse: “Desculpa, eu te amo e vou te amar sempre, mas não é pra mim.” Eu considerei como uma traição, uma obrigação minha não sendo cumprida pra um alguém que eu tanto devia. As vezes me pego olhando pra ele, depois de mais de 12 anos de companheirismo, e choro, choro de lembrar cada momento que passamos juntos, choro de ver que ele mesmo super, super bem, ativo e forte, carrega consigo a idade que me traz a lembrança que o amor pode ser pra sempre, mas a presença tem data pra começar e terminar.

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