domingo, 17 de outubro de 2010

A indiscultível perfeição



Foi o mês de Junho, seria errado dizer foi um mês de Junho, foi no mês que percebi o que eu estava fazendo, como era a estrutura e o quanto eu sonhava e ainda sonho que dê tudo certo. Foi perfeito, a musica tocava na hora certa, as linhas não eram tortas e o mar estava pra peixe, com a casa vazia, a agenda livre, era eu e ele, não tinha disputa com mais ninguém, era minha a atenção, e a minha era dele. Foram dias regados a lasanha e sorvete, com direito a senhora simpática explicando como fazer macarrão à meia noite no corredor do mercado. Era uma rotina, de um casal nada convencional, uma época que me faz falta, que dói ainda mais por não tê-lo sempre por perto, esse mês, essa musica, é o tipo de receita certa para começar o choro. Amanhã às 20:30 estarei eu, pensando que, tudo, o que eu mais quero, é uma noite sentado naquela cama improvisada no chão, com uma tela na cadeira, e Glee rodando, enquanto comemos batata e um mima o outro, porque se esse foi o dia mais feliz pra mim, a minha lembrança mais completa de tudo que preciso, eu não quero de nada além.

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